Pentecostes dia da efusão do Espírito Santo
§696 O fogo. Enquanto a água significa o
nascimento e a fecundidade da Vida dada no Espírito Santo o fogo
simboliza a energia transformadora dos atos do Espírito Santo O profeta
Elias, que "surgiu como um fogo cuja palavra queimava como uma tocha"
(Eclo 48,1), por sua oração atrai o fogo do céu sobre o sacrifício do
monte Carmelo, figura do fogo do Espírito Santo que transforma o que
toca. João Batista, que caminha diante do Senhor com o espírito e o
poder de Elias" (Lc 1,17), anuncia o Cristo como aquele que "batizará
com o Espírito Santo e com o fogo" (Lc 3,16), esse Espírito do qual
Jesus dirá "Vim trazer fogo à terra, e quanto desejaria que já estivesse
acesso (Lc 12,49). É sob a forma de línguas "que se diriam de fogo" o
Espírito Santo pousa sobre os discípulos na manhã de Pentecostes e os
enche de Si. A tradição espiritual manterá este simbolismo do fogo como
um dos mais expressivos da ação do Espírito Santo Não extingais o
Espírito" (1Ts 5,19).
§731 No dia de Pentecostes (no fim das sete semanas
pascais), a Páscoa de Cristo se realiza na efusão do Espírito Santo, que
é manifestado, dado e comunicado como Pessoa Divina: de sua plenitude,
Cristo, Senhor, derrama em profusão o Espírito.
§1287 Ora, esta plenitude do Espírito não devia ser
apenas a do Messias; devia ser comunicada a todo o povo messiânico. Por
várias vezes Cristo prometeu esta efusão do Espírito, promessa que
realizou primeiramente no dia da Páscoa. e em seguida, de maneira mais
marcante, no dia de Pentecostes. Repletos do Espírito Santo, os
Apóstolos começam a proclamar "as maravilhas de Deus" (At 2,11), e Pedro
começa a declarar que esta efusão do Espírito é o sinal dos tempos
messiânicos. Os que então creram na pregação apostólica e que se fizeram
batizar também receberam o dom do Espírito Santo
§2623 NO TEMPO DA IGREJA
No dia de Pentecostes, o Espírito da promessa foi
derramado sobre os discípulos, "reunidos no mesmo lugar" (At 2,1),
esperando-o, "todos unânimes, perseverando na oração" (At 1,14). O
Espírito, que ensina a Igreja e lhe recorda tudo o que Jesus disse, vai
também formá-la para a vida de oração.
P.37.2 Pentecostes dia da manifestação pública de Jesus
§767 "Terminada a obra que o Pai havia
confiado ao Filho para realizará na terra, foi enviado o Espírito Santo
no dia de Pentecostes para santificar a Igreja permanentemente." Foi
então que "a Igreja se manifestou publicamente diante da multidão e
começou a difusão do Evangelho com a pregação". Por ser "convocação" de
todos os homens para a salvação, a Igreja é, por sua própria natureza,
missionária enviada por Cristo a todos os povos para fazer deles
discípulos.
§1076 A ECONOMIA SACRAMENTAL No dia de Pentecostes,
pela efusão do Espírito Santo, a Igreja é manifestada ao mundo. O dom do
Espírito inaugura um tempo novo na "dispensação do mistério": o tempo
da Igreja, durante o qual Cristo manifesta, toma presente e comunica sua
obra de salvação pela liturgia de sua Igreja, "até que ele venha" (1
Cor 11,26). Durante este tempo da Igreja, Cristo vive e age em sua
Igreja e com ela de forma nova, própria deste tempo novo. Age pelos
sacramentos; é isto que a Tradição comum do Oriente e do Ocidente chama
de "economia sacramental"; esta consiste na comunicação (ou
"dispensação") dos frutos do Mistério Pascal de Cristo na celebração da
liturgia "sacramental" da Igreja. Por isso, importa ilustrar primeiro
esta "dispensação sacramental" (Capítulo I). Assim aparecerão com mais
clareza a natureza e os aspectos essenciais da celebração litúrgica
(Capítulo II.).
P.37.3 Pentecostes dia da plena revelação da Trindade
§732 Nesse dia é revelada plenamente a
Santíssima Trindade. A partir desse dia, o Reino anunciado por Cristo
está aberto aos que crêem nele; na humildade da carne e na fé, eles
participam já da comunhão da Santíssima Trindade. Por sua vinda e ela
não cessa, o Espírito Santo faz o mundo entrar nos "últimos tempos", o
tempo da Igreja, o Reino já recebido em herança, mas ainda não
consumado:
Vimos a verdadeira Luz, recebemos o Espírito celeste,
encontramos a verdadeira fé: adoramos a Trindade indivisível, pois foi
ela quem nos salvou.
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