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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Assunção de Nossa Senhora



Proclamação do dogma da Assunção:
"Pelo que, depois de termos dirigido a Deus repetidas súplicas, e de termos invocado a paz do Espírito de verdade, para glória de Deus onipotente que à virgem Maria concedeu a sua especial benevolência, para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e triunfador do pecado e da morte, para aumento da glória da sua augusta mãe, e para gozo e júbilo de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos s. Pedro e s. Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que: a imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial".
Maria foi glorificada por Deus. O dogma não deixa claro se Maria morreu ou não (ou adormeceu como nos fala algumas tradições). O texto fala do término do curso de sua vida terrestre. O que podemos claramente afirmar é que, como Jesus, Maria é glorificada, ressuscitada, a Rainha do Céu e da Terra, a mulher vestida de sol do Apocalipse. Eis o significado do dogma da Assunção, proclamado pelo Papa Pio XII.
São Paulo nos diz (na segunda leitura) sobre a nossa ressurreição, afirmando que nós também ressuscitaremos como Cristo. No Apocalipse (primeira leitura) vemos Maria como sinal glorioso, vitoriosa contra os poderes do mal. Unindo os dois textos, afirmamos que Maria é o ícone escatológico da Igreja, ou seja ela é antecipadamente o que desejamos ser. Ela está glorificada, enquanto nós queremos o mesmo: esperamos participar da glória de Deus no Mundo Novo prometido por Jesus. Desejamos a ressurreição como Maria já é ressuscitada.
Há uma conexão entre esta vida e a vida após a morte, de tal modo, que estamos amadurecendo, crescendo rumo à maturidade em Cristo, ao dom da vida plena, de ressuscitados. “O que é imperecível é precisamente aquilo que viemos a ser no nosso corpo, o que cresceu e amadureceu na vida nas realidades deste mundo. O Cristianismo anuncia a eternidade daquilo que se passou neste mundo (...) É o amor de Deus que nos torna eternos e a este amor que concede a vida eterna é que chamamos de ‘céu’” (Bento XVI).
Costumamos coroar Nossa Senhora, proclamá-la Rainha, colocamos nela coroas e adornos solenes. Tudo isso é um bonito sinal de nossa devoção a Mãe de Deus, aquela que foi chamada “bem aventurada”, a “maior de todas as mulheres”, a “mãe do Senhor”, conforme ela mesma foi chamada por Isabel quando estava cheia do Espírito Santo. Por outro lado, Maria é mulher humana como nós, que fez o seu caminho de discípula até que Deus a glorificasse. As lições humanas da discípula Maria são os indicativos para que caminhemos rumo a Céu, como ela.
1) No Evangelho, Maria não dá a si mesma um título de “endeusamento”, Maria se auto-entitula humilde e serva. Em seguida, declara uma realidade: todos me considerarão bem-aventurada, ou seja, no grego, makária, que significa Santa do Reino de Deus (Lc 1,48). E quem lhe deu esta graça? Foi o Senhor que fez grande coisas em seus favor, como ela mesmo diz no versículo seguinte. Assim, quem proclamou Maria como Santa não foi a Igreja, mas o próprio Deus, segundo evangelista Lucas, e isso aconteceu por ela ser a serva humilde do Senhor. Maria é a primeira discípula que escuta a Palavra no silêncio, abrindo-se à vontade de Deus, deixando-se guiar por Ele.
2) Deste modo, existe um caminho seguro para se chegar a bem aventurança de Maria: a humildade. Ela não quis ser grande, ela se tornou grande por ser a menor de todas: Maria é a humilde serva de Javé. O Senhor olhou para a sua simplicidade e humildade. Quantas vezes queremos ser exaltados, queremos oprimir, queremos o primeiro lugar. Maria, no entanto, ganhou o primeiro lugar porque se colocou na última posição. Da humildade nasce seu serviço. Maria é disponível, pronta. Vai às pressas para ajudar Isabel. É interessante observar que a Escritura relata que a primeira atitude de  Maria após o anúncio do Anjo foi a de ir ajudar nos trabalhos domésticos de sua prima grávida. Maria nos dá o exemplo: também nós devemos ser disponíveis ao serviço, aos irmãos, ao trabalho na Igreja, ao Reino.
3) Maria é “bem aventurada porque acreditou”. Aqui está um contraponto a Zacarias. Esse era sacerdote do templo, mas duvidou da promessa divina. Do outro lado está Maria, uma jovem sem títulos.  No entanto, foi ela que acreditou nas promessas de Deus: Ela é a mãe da fé, que acreditou no Senhor que ela mesma carregava no seu ventre. A fé nos faz caminhar rumo ao Céu de Maria, faz-nos antecipar o Céu, dá sustento para que o nosso cristianismo não seja teórico ou folclórico. A fé impulsiona nossa vida para que sejamos gratuitos como Maria, fazendo a vida se encher de beleza e sentido.
Que na humildade, no serviço e na fé vivamos “atentos às coisas do alto, a fim de participarmos da sua glória [de Deus]

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2- A EDUCAÇÃO DE ADULTOS NA SAGRADA ESCRITURA

A Bíblia é um livro de adultos e para adultos. São os adultos que têm maior condição de refletir sobre o conjunto da mensagem e tomar decisões a partir da provocação da Palavra da Escritura. A Bíblia é texto essencial em catequese com adultos.

CONCLUSÃO.

2.1- A Revelação Bíblica e os adultos

A Bíblia é um livro escrito por adultos e para adultos.
Mostra o Itinerário de um povo que lê os sinais de Deus na sua história.
Nela os adultos mantêm vivas as tradições, transmitindo de geração em geração os fundamentos da fé (Sl 44. 78).
As festas são espaço de catequese, onde se prevê que o adulto seja o veículo da memória do fato celebrado (cf.: Êx 12,26-27).
As orações e recitações de relatos históricos são elementos importantes na educação da fé dos adultos.
O Shemá, “ouve, Israel”..., núcleo básico da fé de Israel, era rezado diariamente (Dt. 6,4-25) o Credo Histórico do povo de Deus (Dt.26,4-9). As advertências e consolações dos profetas são parte da formação dos adultos (cf. 2o Sm 12,1-14; Jr.7,1-15). Os Sapienciais mostram a diversidade de abordagens em livros escritos com óticas diferentes, conforme o contexto que querem responder .
A Bíblia trata do cotidiano com transparência e honestidade ao expor as fraquezas humanas de grandes figuras da fé.
Dentro dos limites da época e da cultura, promove o respeito à vida, chama à responsabilidade os adultos que precisam se posicionar diante da situação sócio-cultural em que vivem (cf. Dt.30,11-20).
O Novo Testamento mostra a formação dos adultos nas comunidades. Eram eles que se convertiam e levavam a família inteira à nova fé (cf. Lc 24, 13-35; Jo 4, 1-45; Lc 19,1-10; Mt 15, 21-31; At 8, 26-40; 10,1-48 ; 1Cor 11, 17-34 e outros).

Estas reflexões (que não pretendem ser completas) mostram que não se trata de colocar simplesmente a Bíblia na catequese com adultos e fazer a leitura de certos textos. Supõe que o agente saiba usar a Bíblia dentro de uma visão libertadora, dentro do contexto atual da vida, levando a um compromisso em nível pessoal, comunitário e social.

3- PERGUNTAS PARA AJUDAR NO APROFUNDAMENTO DO TEXTO

1. Quais as dificuldades encontradas na sua comunidade com o uso da Bíblia na catequese dos adultos e quais foram os resultados?

2. Dêem algumas propostas concretas que poderiam levar adiante essa questão na sua Diocese e no seu Regional.


BIBLIOGRAFIA
· Como nossa Igreja lê a Bíblia - CNBB - Paulinas – 1995.
· Crescer na Leitura da Bíblia- CNBB- Paulus, 2002
· A Bíblia na Catequese com Adultos - Revista Vida Pastoral de setembro-outubro 2001.
· A Bíblia na catequese - Inês Broshuis - Paulinas 2001.