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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Já faz 39 anos que o mês de setembro os católicos celebram o mês da Bíblia. Para este ano estamos convidados a conhecer melhor o Livro de Jonas. Sua história é do nosso conhecimento desde criança, mas a mensagem que o autor do livro de Jonas nos apresenta e sempre atual. Somos convidados a evangelizar as cidades, que assustadoramente nos últimos anos cresceram e concentraram os seres humanos. Assim, Jonas será uma grande contribuição para que o entusiasmo da Igreja não esfrie. Desde o Concílio Vaticano II, a Bíblia ocupou um espaço privilegiado na família, com os grupos de reflexão, os círculos bíblicos, a catequese que se tornou bíblica e nas pequenas comunidades dos bairros das cidades. A Igreja no Brasil que atua na pastoral das periferias das cidades desenvolveu uma prática de leitura e reflexão da Bíblia muito particular e que muito contribui para o sustento da fé dos grupos comunitários e da caminhada das pessoas. É uma forma muito rica e transformadora de viver a missão evangelizadora da Igreja que é a de servir a Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada. O Mês da Bíblia surgiu há 39 anos em Belo Horizonte e destacou-se a importância da leitura e do estudo das Sagradas Escrituras. Na verdade, o Mês da Bíblia, novidade para os católicos muito contribuiu para o desenvolvimento da Pastoral Bíblica e a compreensão mais profunda da Palavra de Deus nas paróquias e dioceses. Hoje, o estudo da Bíblia deixa de ser uma Pastoral isolada das outras, mas passa ser uma própria e verdadeira animação Bíblica em toda a vida pastoral dos grupos ativos e vem ser a forma mais adequada de acentuar a centralidade da Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja. Para este ano de 2010, o mês da Bíblia, propõe o estudo e a meditação do Livro de Jonas com destaque para a evangelização e a missão na cidade. O mês da Bíblia esta ligado a temática da Campanha da Fraternidade deste ano, destaca o livro de Jonas para seu estudo e reforça a idéia da universalidade do amor de Deus, que reconhece o valor de todos, esse texto da Escritura nos faz refletir sobre a evangelização do mundo urbano. Assim, o conhecimento do profeta Jonas será uma grande contribuição para que o entusiasmo não esfrie e a Igreja possa continuar ampliando sua reflexão sobre a amplitude de sua missão. Resumo da história de Jonas A história de Jonas é muito conhecida de todos nós. Já ouvimos muitas vezes, que o personagem de destaque no estudo deste mês da Bíblia é enviado a Nínive, mas ele procura fugir, embarca em um navio para a cidade de Társis, um lugar distante, onde, se acreditava Javé não se encontrava. Mas o que Jonas queria era escapar do convite de Deus, para enfrentar sua realidade ir a Nínive a grande cidade. Diante desta reação, Javé provoca uma forte tempestade. No navio, em que Jonas viajava, para fugir de Deus, os marinheiros trabalham duramente para poderem sobreviver e evitar o náufrago na tempestade, mas Jonas, com medo de Deus, se esconde e dorme tranquilamente e profundamente no porão do navio. Sendo encontrado pelos marinheiros, o próprio Jonas, com medo, pede que seja jogado ao mar imaginando que iria aplacar a ira de Javé. Mas também pensava consigo mesmo afinal se morrer, não terei de assumir a ordem de Javé. Entretanto o improvável acontece, um grande peixe, por ordem da divindade engole-o e, após três dias, Jonas na barriga do grande peixe é vomitado na praia. Enquanto estava nas entranhas do peixe, Jonas rezava. Mas Deus não recua e novamente dá a Jonas a ordem de ir à cidade de Nínive. Depois de tanta insistência de Deus Jonas resolve obedecer. Jonas vai e anuncia a destruição de Nínive. Todos os habitantes se convertem: homens, mulheres, rei e animais. Deus se compadece, e Jonas fica indignado com a atitude misericordiosa de Javé. A história de Jonas é muito conhecida, e uma das cenas preferidas é a de Jonas engolido por um peixe e sua permanência por três dias e três noites, na barriga do peixe (Jn 2,1-2.11). Do objetivo do mês da Bíblia: De fato, a escolha do livro de Jonas para o estudo durante o mês de setembro tem por objetivo tirar os católicos do comodismo e do julgamento preconceituoso e os encaminhar para a evangelização da cidade. Que o estudo e a meditação do livro de Jonas nos ajudem a vencer a tentação de fugir dos desafios da missão na cidade e nos tornem capazes de acolher a todas as pessoas sem acepção. A mensagem de do Livro de Jonas Na época do período da dominação persa em que vivia Neemias e Esdras (450-350 a.C.), os interesses principais, eram a reconstrução de Jerusalém, a restauração da Lei e das práticas rituais, que estavam esquecidos, a eliminação de influências estrangeiras com muitos casamentos mistos, bem como o uso de genealogias para gerarem direitos de pertença ao povo escolhido por Deus. O autor do livro de Jonas, que coloca o nome do livro ao seu personagem principal, ironiza o comportamento do judeu nacionalista e tem um olhar favorável aos estrangeiros. A resistência de Jonas, querendo sempre fugir representa os grupos que não aceitam que Javé seja misericordioso com os povos estrangeiros sejam eles os assírios, como Abdias, Joel, Neemias e Esdras. No decreto do rei de Nínive, o texto faz um apelo à mudança radical de vida: “invocarão a Deus com vigor e se converterá cada qual de seu caminho perverso e da violência que está em suas mãos” (Jn 3,8). O apelo à conversão dos opressores não é a um Deus único, mas o abandono de qualquer forma de injustiça social. Portanto, o livro de Jonas nos apresenta o perdão e a misericórdia de Deus para todas as pessoas, até para os piores inimigos do povo de Israel. A personagem Jonas passa ser símbolo do povo que não acredita na intervenção de Deus a seus inimigos. O autor do livro de Jonas acredita que o perdão e a ação de Deus não têm fronteiras. As pessoas que liam ou ouviam a narrativa de Jonas eram desafiadas a rever a compreensão de Deus. O livro de Jonas passa a ser usado contra uma visão reduzida de grupos de judeus que pensavam que eles eram o único povo abençoado por Deus, sem exceções. O texto vai além, apresenta um Deus que vê e se arrepende do mal. Um Deus que se manifesta sensível à vida do povo, como é apresentado Deus no Êxodo: “Eu vi a miséria do meu povo que está no Egito. Ouvi o seu clamor por causa dos seus opressores; pois eu conheço as angustias. Por isso desci a fim de libertá-lo da mão dos egípcios, e para fazê-lo subir daquela terra a uma terra boa e vasta, terra que mana leite e mel” (Ex 3,7-8a). Deus vê e age. É um Deus solidário e próximo, favorável a todas as pessoas que se convertem de sua má conduta e ações violentas. Chave de Leitura do livro de Jonas: No capítulo 4 do livro de Jonas, há um duplo questionamento a Jonas: “Tens, por acaso, motivo para te irar?”. “Está certo que te aborreças por causa da mamoneira?” (Jn 4,4.9). Aqui está a chave para a mensagem central do livro. Deus lança um apelo a Jonas para que ele reconheça o seu erro e que Deus está certo ao mostrar sua compaixão diante do comportamento dos assírios em Nínive. O desafio final do livro de Jonas: E o livro termina com a pergunta: “E eu não terei pena de Nínive?”. Esta questão foi um desafio para todos os ouvintes do tempo de Jonas. E continua em aberto, exigindo uma resposta de quem lê a história. Que a narrativa de Jonas possa trazer novas luzes para a nossa vida pessoal e dos nossos grupos de reflexão bíblica e comunidades. Superar preconceitos é um processo para a vida inteira, a cada dia somos desafiados. Que o Deus da ternura e da misericórdia, que o livro de Jonas nos apresenta, ajude-nos a percorrer este caminho novo.

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2- A EDUCAÇÃO DE ADULTOS NA SAGRADA ESCRITURA

A Bíblia é um livro de adultos e para adultos. São os adultos que têm maior condição de refletir sobre o conjunto da mensagem e tomar decisões a partir da provocação da Palavra da Escritura. A Bíblia é texto essencial em catequese com adultos.

CONCLUSÃO.

2.1- A Revelação Bíblica e os adultos

A Bíblia é um livro escrito por adultos e para adultos.
Mostra o Itinerário de um povo que lê os sinais de Deus na sua história.
Nela os adultos mantêm vivas as tradições, transmitindo de geração em geração os fundamentos da fé (Sl 44. 78).
As festas são espaço de catequese, onde se prevê que o adulto seja o veículo da memória do fato celebrado (cf.: Êx 12,26-27).
As orações e recitações de relatos históricos são elementos importantes na educação da fé dos adultos.
O Shemá, “ouve, Israel”..., núcleo básico da fé de Israel, era rezado diariamente (Dt. 6,4-25) o Credo Histórico do povo de Deus (Dt.26,4-9). As advertências e consolações dos profetas são parte da formação dos adultos (cf. 2o Sm 12,1-14; Jr.7,1-15). Os Sapienciais mostram a diversidade de abordagens em livros escritos com óticas diferentes, conforme o contexto que querem responder .
A Bíblia trata do cotidiano com transparência e honestidade ao expor as fraquezas humanas de grandes figuras da fé.
Dentro dos limites da época e da cultura, promove o respeito à vida, chama à responsabilidade os adultos que precisam se posicionar diante da situação sócio-cultural em que vivem (cf. Dt.30,11-20).
O Novo Testamento mostra a formação dos adultos nas comunidades. Eram eles que se convertiam e levavam a família inteira à nova fé (cf. Lc 24, 13-35; Jo 4, 1-45; Lc 19,1-10; Mt 15, 21-31; At 8, 26-40; 10,1-48 ; 1Cor 11, 17-34 e outros).

Estas reflexões (que não pretendem ser completas) mostram que não se trata de colocar simplesmente a Bíblia na catequese com adultos e fazer a leitura de certos textos. Supõe que o agente saiba usar a Bíblia dentro de uma visão libertadora, dentro do contexto atual da vida, levando a um compromisso em nível pessoal, comunitário e social.

3- PERGUNTAS PARA AJUDAR NO APROFUNDAMENTO DO TEXTO

1. Quais as dificuldades encontradas na sua comunidade com o uso da Bíblia na catequese dos adultos e quais foram os resultados?

2. Dêem algumas propostas concretas que poderiam levar adiante essa questão na sua Diocese e no seu Regional.


BIBLIOGRAFIA
· Como nossa Igreja lê a Bíblia - CNBB - Paulinas – 1995.
· Crescer na Leitura da Bíblia- CNBB- Paulus, 2002
· A Bíblia na Catequese com Adultos - Revista Vida Pastoral de setembro-outubro 2001.
· A Bíblia na catequese - Inês Broshuis - Paulinas 2001.